quinta-feira, 7 de julho de 2022

 

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A procura 

(Marisa Amorim)


Não pertenço ao seu mundo

Não trilhamos a mesma estrada

Meu futuro é um torvelinho

Que gira cada vez mais fundo

Em direção ao nada.

Procuro uma ponte

Um ponto, um caminho

Que vislumbre novo horizonte

E me direcione para sua alvorada.

***

Marisa Camargo Amorim Santos

Nascida e residente de Itapeva, São Paulo, é sócia-correspondente do CEA. Participou de várias antologias e empresta seu talento homenageando com sua poesia a cidade gaúcha. Este poema foi publicado no livro Primavera Poética (edição de setembro de 2002, em homenagem à primavera e ao 37º aniversário da Cidade de Alvorada).

 INÚTIL

(Claudete Costa)
Eu queria sair da tua vida,
me arrancar do teu corpo,
escorrer pela noite, e deixar de ser
este líquido pegajoso que te gruda os olhos,
que te cala a boca,
que te cola a sombra, que te torna imóvel
que te atiça os medos...
Eu queria arrancar minhas células
Da tua carne, e liberar teus passos,
Cruzar a porta e dizer:
"tô indo, seja feliz sem mim",
já que comigo, o dia é preocupante
e a vida te grita ao ouvido:
Anda. Corre. Faz. Não para. Não há tempo!
O tempo te falta agora e a
vida te cobra cada respiração...
Eu abri a tua porta para o mundo,
E não tem volta...
Aí se torna tão inútil, essa tentativa
Louca de desgrudar de você...
Te deixar livre do Karma,
Mas, se eu for agora, vou levar
Teus pedaços, teu cheiro na pele,
Tua alma tão misturada na minha...
Vai ser inútil!
***
Claudete Teixeira Costa, jornalista e radialista. Escolheu o município de Alvorada para viver, onde foi Secretária de Cultura e Desporto. Tem dois filhos e um neto.

Envergo mas não quebro

(Sirlei G)
Sou tal um bambu
Sob o açoite do vento
Enverga, se dobra
E, quando a tempestade passa
Volta a ficar de pé outra vez
Talvez não sem marcas
Talvez menos lúcido
Mas mais forte
Mais consciente...
Às vezes mais tristes
Outras mais felizes...
Assim é a vida!
***
Sirlei Dias Garcia Rangel é uma poeta intuitiva que busca em seus filhos e na própria vida a inspiração para o seu romantismo. Sem nunca ter publicado seu trabalho (antes), encontrou no CEA o incentivo que estava faltando. Este poema foi publicado no livro Alvorada Fazendo Arte: contos & crônicas, Edição de 2005.

 


De volta ao campo de atuação
Pudera duzentas vezes
Meus sentimentos todos destampidos
Quem sabe me sou mais independente
Do que trouxera
Certa vez fui a um centro de eventos
Pouco tempo me vi lá dentro
Doente independente
Atemporal
Sem medo da morte
Sem medo da violência
Propenso a felicidade.

Rodrigo Machado 


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FEIRA DO LIVRO DE ALVORADA

Já faz um tempinho...