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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

 

CACHAÇA É POESIA

 

Na mesa simples, de riso farto, a vida brilha em cada olhar. Cachaça é verso, é o tom exato, que faz a alma se soltar. É no brinde que nasce a prosa, na gargalhada, a confissão. Amizade floresce gostosa, com descontração no coração. A alegria se serve em copo cheio, feito canção que embala o povo. Cachaça é poesia sem receio, que faz da noite um dia novo. Entre amigos, não há distância,só calor e partilha boa. Na simplicidade, mora a abundância: na pinga, a vida também ecoa.
 
Natural de São Gabriel, Damião Oliveirareside em Alvorada, RS. O escritor, membro do Clube dos Escritores de Alvorada, é autor dos livros Sonetos para Deus, Buquê de Flores Pinhal em VersosE, o criador do projeto Semeando Sonhos, Colhendo Realidades, o qual doa livros e e-books para escolas, associações e sociedade em geral. 
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Poema CACHAÇA É POESIA, do escritor Damião Oliveira
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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

 

O ENIGMA NO MURO

 

O prêmio em ouro aos olhos se revela, cento e setenta e quatro em claridade, no muro antigo a cifra se desvela, código vivo da sorte e da verdade.
De seus reflexos brotam sete flores, um, quatro e sete, em ramos de beleza, quarenta e um e quarenta em cores, tecem o véu da fortuna e da nobreza.
Quem decifrar o traço que cintila, verá no muro o mapa do destino, um sopro oculto que jamais vacila, levando o homem ao caminho divino.
Que reste claro aos olhos e ao sinal, é no segredo que a verdade brilha.
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Poema O ENIGMA NO MURO, do escritor Damião Oliveira
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sábado, 4 de outubro de 2025

 

POESIA DO LOUCO 

 

Levantou já tarde, almoçou só biscoitos, foi sestear sem pressa nas horas da tarde. Acordou às dezoito, vestiu-se ligeiro, foi pra boemia beber sem roteiro. Quando a madrugadao deixava tonto, voltou pra sua cama… mas antes, mais um copo. E assim, no sufoco, ninguém o chamava douto — era só, no fim das contas, um poeta louco.
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Poema POESIA DO LOUCO, do escritor Damião Oliveira
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segunda-feira, 8 de setembro de 2025

 

O POEMA DESNUDO 

 

Os Deuses, eles ocultam muitas coisas
Uns dos outros, não se mostram
como verdadeiramente são
O seu melhor e ou o seu pior....
os poetas se desnudam
de todo o preconceito do saber e
se mostram "desnudos
Como Eu Sou! Eu e o meu Ego!
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Poema O POEMA DESNUDO, do escritor Damião Oliveira
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domingo, 17 de agosto de 2025

  

HOJE FOI...

O dia mais feliz da minha vida. Acordei e vi que estava na minha cama, e havia um teto sobre mim. O relógio digital no criado-mudo marcava 6 horas da manhã. Uma réstia de luz entrava pela porta entreaberta do banheiro. Lembrei que a mulher sempre dizia para deixá-la fechada.
Sentei-me na cama, coloquei as sandálias, levantei e dei uma bela espreguiçada. Ergui a cabeça, fechei os olhos e fiz uma oração silenciosa de gratidão aos céus. Estou vivo para mais um dia. Pensei: Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Até hoje. Agora.
Fui até a cozinha, e o cheiro do café recém-passado tomou meus sentidos. Peguei a xícara favorita, aquela que a mulher sempre reclamava por eu deixar espalhada pela casa. Tomei o primeiro gole sentindo o calor descer suave pela garganta. A manhã estava silenciosa, apenas o cantar dos pássaros preenchia o ar.
Abri a janela e deixei a brisa fria da manhã tocar meu rosto. Olhei para o céu tingido em tons dourados e alaranjados pelo nascer do sol. Havia algo especial na forma como os raios atravessavam as folhas das árvores, desenhando sombras na parede da sala. O simples fato de estar ali, presente, respirando, parecia um milagre cotidiano que muitas vezes passava despercebido.
Peguei o jornal na porta e folheei distraído. As notícias eram as mesmas de sempre – política, economia, esportes. Nada ali parecia capaz de abalar minha serenidade. A vida seguia seu curso, e eu estava ali para testemunhá-la.
Voltei para o quarto e vi minha esposa ainda dormindo, os cabelos espalhados no travesseiro, a respiração tranquila. Sorri. Quantos momentos assim já deixei de valorizar? Hoje, cada detalhe parecia ter um brilho diferente, como se um véu tivesse sido retirado dos meus olhos.
Hoje foi um dia feliz. Não porque algo extraordinário aconteceu, mas porque percebi a beleza do ordinário. Porque compreendi que o simples ato de estar vivo, de respirar, de amar e ser amado, é um presente.
E se amanhã eu acordar, sei que poderei dizer de novo: Hoje é o dia mais feliz da minha vida. 

Nascido em São Gabriel, Damião Oliveirareside em Alvorada, RS. É autor dos livros Sonetos para Deus, Buquê de Flores Pinhal em VersosE, o criador do projeto Semeando Sonhos, Colhendo Realidades, o qual doa livros e e-books para escolas, associações e sociedade em geral. 
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Crônica HOJE FOI... postada, em 03 de julho de 2025, pelo autor, em sua página no facebook. 
*CLIQUE NAS PALAVRAS COLORIDAS (BIOGRAFIA e NOTA DE RODAPÉ).

terça-feira, 8 de julho de 2025

 

COISAS LOUCAS

 

Vendavais, inudações

terremotos, erupções

fim de mundo agitações

suicídios, homicidios

feminicidios, infanticidios

fim de mundo agitações

igrejas, bares, boates

Templos e casas escarlates

fim de mundo agitações

videncias e projesões

serios e charlatões

fim de mundo agitações

Amigos e traidores

Algozes e libertadores

fim de mundo agitações

Sabedoria e \burrice

razão e emoção

fim de mundo agitação

paraíso ou inferno

fim de mundo agitações.

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Poema COISAS LOUCAS, do escritor Damião Oliveira
*CLIQUE NAS PALAVRAS COLORIDAS (NOTA DE RODAPÉ).

sábado, 21 de junho de 2025

 

O SEGREDO ENTRE PULOS E PASSOS

Certa manhã, enquanto eu varria as folhas do quintal — aquelas mesmas que insistem em cair só pra me lembrar que o tempo passa — ouvi um menino dizer:
Vô, por que os especialistas falam que se a gente se exercitar, vive mais? O coelho vive pulando e dura só 12 anos. Já a tartaruga, que quase não se mexe, vive até duzentos!
Parei a vassoura. Olhei pro céu, depois pra dentro.
De onde vem essa lógica? O coelho é pura pressa, bicho ansioso. Seu coração bate rápido, como um tambor de guerra. Corre, salta, se assusta com o vento. Vive como quem foge de alguma coisa — talvez do próprio tempo.
a tartaruga… ah, essa carrega a casa nas costas e o mundo nos olhos. Anda devagar, mas vê o caminho. Vive cada passo como se fosse o último. Ou o primeiro. Não tem pressa. Não tem plano de saúde, mas tem paz. E paz, meu filho, é um remédio que a ciência ainda estuda com desconfiança.
Mas eis o pulo do gato — ou melhor, o passo da tartaruga:
Não é o exercício que alonga a vida. É a forma como se vive que a preenche.
O exercício que salva não é só o da academia. É o do abraço apertado. O da risada solta. O da caminhada olhando o céu, com o neto perguntando coisas que nem a ciência ousa responder.
Quem vive acelerado, queima combustível demais. Quem vive parado, enferruja por dentro. O segredo talvez seja dançar no meio-termo. Como quem não tem medo de correr, mas também sabe parar.
E se me perguntarem o que recomendo? Respondo assim:
"Corra como o coelho quando for preciso. Mas viva como a tartaruga quando for bonito."
No fim das contas, o que nos faz durar não é o movimento dos músculos. É o movimento da alma.


Crônica O SEGREDO ENTRE PULOS E PASSOS, do escritor Damião OliveiraNatural de São Gabriel, reside em Alvorada, RS. Autor de diversos livros tais como Sonetos para DeusBuquê de Flores e; Pinhal em VersosCriou projeto Semeando Sonhos, Colhendo Realidades que distribui, de forma gratuita, livros e e-books em escolas, grupos de escoteiros,  associações e sociedade em geral.
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Crônica postada, em 16 de junho de 2025, pelo autor, em sua página no facebook. 
*CLIQUE NAS PALAVRAS COLORIDAS (BIOGRAFIA e NOTA DE RODAPÉ).

quinta-feira, 29 de maio de 2025

 

UBER TAMBÉM É CULTURA! #03 - DAMIÃO OLIVEIRA
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Neste podcast, do dia 25 de maio, o escritor Damião Oliveira foi entrevistado por Salomau, personagem do escritor Deodato Júnior (canal Autoconhecimento Hub, no YouTube).
*CLIQUE NAS PALAVRAS COLORIDAS (TÍTULO e NOTA DE RODAPÉ).

quarta-feira, 28 de maio de 2025

QUANDO O BARRO LEMBRAR O SOPRO

Caminhamos há milênios, arrastando as sandálias sobre a terra que nos pariu. Olhamos para as estrelas como quem procura um espelho no céu — e não nos damos conta de que a centelha está no peito, acesa desde o primeiro soluço do universo.
Fizemos ferramentas, fizemos guerras. Inventamos deuses com rosto humano, depois nos perguntamos por que eram tão imperfeitos. Construímos cidades de aço e vidro, mas ainda tropeçamos em nossas sombras. E mesmo assim, seguimos. A cada erro, uma lição; a cada dor, uma janela.
Alguns dizem que seremos deuses quando dominarmos a matéria, outros dizem que só o seremos quando libertarmos o espírito. Talvez a verdade esteja no encontro: quando ciência e compaixão se derem as mãos. Quando a inteligência deixar de competir e começar a cuidar. Quando deixarmos de nos perguntar "o que posso conquistar?" e passarmos a perguntar "quem posso elevar?"
A consciência de Deus — se existe — não nos espera no futuro. Ela sussurra no agora, nas escolhas pequenas, no gesto gratuito, na escuta atenta. Está na criança que compartilha o brinquedo, no velho que perdoa, no poeta que escreve à beira do abismo e escolhe a luz.
Um dia, talvez, a humanidade se lembre que já foi barro. E que o sopro, esse mesmo sopro que pulsa em cada vida, nunca nos abandonou.

Crônica QUANDO O BARRO LEMBRAR O SOPRO, do escritor Damião Oliveira. Natural de São Gabriel, reside em Alvorada, RS. Autor de diversos livros tais como Sonetos para DeusBuquê de Flores e; Pinhal em VersosCriou projeto Semeando Sonhos, Colhendo Realidades que distribui, de forma gratuita, livros e e-books em escolas, grupos de escoteiros,  associações e sociedade em geral.
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Retirado do livro O Eu Sou EU, terceiro livro da trilogia Eu Sou.
*CLIQUE NAS PALAVRAS COLORIDAS (BIOGRAFIA).