Olá, amigos!
Alvorada é terra de escritores! Poetas, prosadores, ensaístas, compositores, cartunistas. Alguns ainda anônimos, outros já reconhecidos. Nomeio alguns, muitos ficarão de fora. Que os comentários ajudem a recolocar as coisas em ordem e sejam todos lembrados.
José Portela Delavi e Gildo de Freitas foram grandes compositores e trovadores que chegaram aqui ainda no tempo do Passo do Feijó, no auge de sua produção artística. Artur Madruga, escritor, professor e artista plástico, lançou em 2022 seu último título no Brasil, Portugal, Angola e Cabo Verde. Sérgio Vieira Brandão, com dezenas de obras publicadas, alcança todos os públicos. De sua oficina para escritores surgiu o Clube dos Escritores de Alvorada, há 25 anos em atividade. Do Clube, destaco Ricardo Pôrto e Anderson Vicente, com suas narrativas misteriosas em cenários alvoradenses. A ficção/aventura/terror/fantástico, aliás, move muitos jovens autores independentes, como Sérgio Pires, Davenir Viganon, Eduardo Alós e Diego Borella.
Na literatura em quadrinhos, o Coletivo Alvoradense de Quadrinhos tem publicado obras regularmente. Denilson Reis, do CAQ, mantém ativo o fanzine Tchê há mais de 35 anos. Já o Pablito Aguiar é um sucesso nacional com suas entrevistas transformadas em HQs.
Um grupo de contistas e poetas negros têm organizado coletâneas que trazem com muita contundência os temas da identidade e do cotidiano. Entre eles, a Karin Santiago, Cristina Ribeiro, Daniel Machado e Rodrigo Machado. Ainda com foco na identidade afro-alvoradense, a pesquisadora Tainã Rosa vem produzindo material visual e textual de alto valor cultural e pedagógico.
A educadora Simone Soares, o filósofo e músico Everton Santos, e o militar da reserva Damião Oliveira imprimem em suas obras muito de suas experiências pessoais. A questão da mulher, a filosofia e o humanismo estão ali presentes.
Encerro com o poeta José Cezar Matesich Pinto, que nos deixou importante obra poética, sobretudo na música nativista.
Alguns destes autores, entre outros, estarão na II Feira Literária Independente de Alvorada, nos dias 12 e 13 de abril. Aparece!
Abraços!
terça-feira, 8 de abril de 2025
sábado, 5 de abril de 2025
O POETA ADORMECIDO
Dorme o poeta, sereno e calmo,
Sobre as plumas do esquecimento,
Enquanto o vento sopra em seu salmo
Versos de um último pensamento.
No leito de sombras, o sonho vem,
Lúcido véu entre mundos velados,
Vê-se além, além de quem,
Caminha em ecos, passos calados.
A morte lhe fala, doce, gentil,
Como quem canta um canto antigo,
Sem foice ou dor, sem ser hostil,
Apenas um toque, um afago amigo.
E ele sorri, ao se ver partindo,
Num barco de névoa, flutuando leve.
Morre dormindo, mas segue indo,
Vivo no sonho que nunca se atreve.
Mas outros dizem: "Ele se foi!"
Não sabem que agora é luz errante,
Que em cada estrela, em cada "depois",
Seu verso vive, eterno e vibrante.
sábado, 15 de março de 2025
É um bobo da corte?
É um menestrel?
Não é, não!!! É o Quatro Ases
Fincado no chão
Depois de pensar
entendi a mensagem:
É a arte "gritando"
pedindo passagem
Com garra e coragem
na simplicidade
a homenagem ao artista
da nossa cidade...
domingo, 1 de dezembro de 2024
Público-alvo: Professores e Alunos da Rede Pública do MunicípioHorário: das 08h30min às 18h30minEndereço: Avenida Wenceslau Fontoura, 105
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
quarta-feira, 4 de outubro de 2023
EU, CHORO
Se chorar é descer lágrimas, então chorei,
E delas fiz um mar de tristeza e dor,
Que em ondas me inundou e me afogou,
Até que a alma em prantos se desfez.
E ainda que o mar da dor persista,
E as lágrimas não cessem de rolar,
Eu sei que um dia, enfim, hão de secar,
E que a alegria em mim de novo exista.
Então, enquanto as lágrimas deslizam,
E a dor me envolve em um abraço frio,
Eu sigo em frente, firme em meu caminho.
Pois sei que, mesmo quando o choro finda,
A vida segue, e o sol voltará a brilhar,
E a tristeza se transformará em carinho.
Poema "Eu, choro" do escritor Damião Oliveira.