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segunda-feira, 17 de março de 2025

 

três semanas perdi um anel, oferta do meu marido no último aniversário de casamento. Durante uma caminhada até ao Santuário de Peneda Gerês, vagueando pelas lojinhas de artesanato local e religioso, vimos um anel em aço dourado com a “árvore da vida”. O meu companheiro enfiou-o no dedo indicador da minha mão esquerda. Foi amor à primeira vista! Esta preciosidade custou a modéstia quantia de 5€, mas para mim teve o sabor de uma joia cara. Nunca mais me separei dele; passou a fazer parte da minha indumentária diária.
Conhecem este símbolo?
A árvore da vida é um arquétipo fundamental em muitas das tradições mitológicas, religiosas e filosóficas do mundo. A sua origem remonta aos antigos Celtas.
Qual o verdadeiro significado por detrás da metáfora?
A árvore sagrada.
Para muitos povos, representa o ciclo da vida com as suas raízes profundas entrelaçadas no solo, simbolizando a ligação com a terra, e os galhos estendidos na direção ao céu, procurando a espiritualidade e a transcendência.
Para os Celtas configurava o equilíbrio, a harmonia e a interligação de todas as coisas no mundo natural.
Independente das variadas interpretações e grafismos, eu sempre quis ter uma peça com a árvore da vida. Este presente fez-me feliz; atrevo-me a dizer que está no top cinco das prendas que recebi.
Estabeleci uma simbiose singular com este objeto; durante meses fomos cúmplices das vivências cotidianas. Até que numa manhã cinzenta e fria, resolvi calçar luvas durante a viagem para o trabalho. Ao descalçá-las perdi o anel. Uma nuvem negra ensombrou os olhos, mas o coração manteve uma chama acesa. Vasculhei o carro sem sucesso. Senti-me desnudada!
Todas as manhãs adornava as mãos entristecida. O dedo indicador esquerdo permanecia nu. Na passada sexta-feira, deixei o carro a lavar. Quando recolhi a viatura, visualizei, pousado na consola, o anel. A alegria que senti foi indescritível.
Nesse segundo, relembrei que a felicidade experiencia-se nos episódios mais singelos da vida! Procuramos constantemente a felicidade em feitos grandiosos, esquecendo-nos que a encontramos quando menos esperamos nos acontecimentos autênticos e nos momentos singulares.

Alexandra Ferreira é autora de Sombras com Rosto (romance, 2019) e de Um Verão Sem Ti (antologia de contos, 2023). Portuguesa, natural de Viseu, reside no Porto. É engenheira civil, pós-graduada em Direção de Empresas e mestre em Engenharia Rodoviária. Integrante do Festival de Literatura e Artes Literárias (FLAL) e do canal Liga dos 7, no facebook. Escreve para revistas literárias e clubes de leitura. Participa, ativamente, de congressos, sendo coautora de diversos artigos científicos.
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Crônica postada, em 25 de fevereiro de 2025, pela autora, no canal Liga dos 7, no facebook.
*CLIQUE NAS PALAVRAS COLORIDAS (BIOGRAFIA E NOTA DE RODAPÉ).

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

 

O dia de São Valentim é celebrado em vários países. Esta tradição nasceu no Século III aC., na Roma antiga, onde viveu o Sacerdote Valentim. Naquela época, o Império Romano era governado pelo imperador Cláudio II. Este governante de carácter austero ambicionava ter um exército forte. Convicto de que os laços pessoais comprometiam a lealdade e dedicação dos soldados, proibiu o casamento dos militares jovens.
Valentim, acreditando no poder do amor, discordou do decreto. Em segredo, realizou casamentos, cumprindo a tradição na união consagrada pelo matrimónio. O destino é traiçoeiro e Valentim foi apanhado durante uma consagração. Foi preso e condenado à morte. Enquanto esperava pelo triste desenlace, conheceu uma jovem cega a quem ensinou a ver o mundo com o “coração”. Na véspera do julgamento final, escreveu uma última carta, a essa jovem, com palavras de esperança e carinho, assinando “De teu Valentim”. Reza a lenda que esta foi a primeira de muitas cartas e mensagens de amor redigidas pelos amantes ao longo dos séculos.
A celebração do Dia dos Namorados a 14 de fevereiro decorre do legado deste sacerdote Valentim - o verdadeiro amor nunca morre; ele transforma, ele une, ele vive.
Atravessamos um período em que os valores e os sentimentos são tantas vezes secundarizados, declinados por padrões impuros e atos abusivos. Assistimos ao desrespeito pelos direitos humanos e ao desprezo pelo planeta. É importante não esquecer que - a tolerância e o respeito são a base do amor, - a liberdade e a confiança são os pilares das relações.
O Dia dos Namorados não é apenas um dia de presentes e flores; é uma invocação ao Amor em todas as suas formas, relembrando que este dá sentido à vida. O amor purifica e rejuvenesce. O amor torna os Homens mais felizes, fomentando a construção duma Sociedade mais solidária e dum Mundo melhor.
Viver e celebrar o amor e a amizade é hoje como no passado crucial. É sempre importante não esquecer que o amor que partilhamos pode ser eterno e luminoso, guiando os nossos caminhos e conduzindo as nossas vidas.
Este dia reavivar a importância de dispensar carinho e amor àqueles que nos fazem sentir especiais.
“AMAR” vale sempre a pena!

Alexandra Ferreira é autora de Sombras com Rosto (romance, 2019) e de Um Verão Sem Ti (antologia de contos, 2023). Portuguesa, natural de Viseu, reside no Porto. É engenheira civil, pós-graduada em Direção de Empresas e mestre em Engenharia Rodoviária. Integrante do Festival de Literatura e Artes Literárias (FLAL) e do canal Liga dos 7, no facebook. Escreve para revistas literárias e clubes de leitura. Participa, ativamente, de congressos, sendo coautora de diversos artigos científicos.
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Crônica postada, em 18 de fevereiro de 2025, pela autora, no canal Liga dos 7, no facebook.
*CLIQUE NAS PALAVRAS COLORIDAS (TÍTULO, BIOGRAFIA E NOTA DE RODAPÉ).