terça-feira, 20 de setembro de 2022



 AOS APAIXONADOS POR QUADRINHOS FICA A DICA: 2ª Feira Gibiteca.

Dias 24 e 25 de setembro

Horário: 13h -17h

Riachuelo, 1190 - Centro Histórico, Porto Alegre/RS.

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

 

Olá, amigos do CEA, sexta-feira, dia 16 de setembro, sessão de autógrafos com o dramaturgo e escritor JULIO ZANOTTA.
Local: RELICÁRIO CASA DE CULTURA

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

CLIQUE NO VÍDEO E SE SURPREENDA:


Olá pessoal! O CEA tem o prazer de informar que já tem o local e a data de lançamento do livro QUATRO AMIGOS E OS TERRÍVEIS CÃES GIGANTES.
MENSAGEM DO AUTOR:
Venha conhecer e se apaixonar... Esperamos por vocês, pessoal.
INSTAGRAM:sergiobrandao2022

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

 


OUTROS BRASIS DA FICÇÃO CIENTÍFICA pretende mostrar que a ficção científica escrita no Brasil apenas tem a ganhar quando decide trilhar por nosso país. Contar suas histórias, imaginando seu próprio futuro, através do seu povo, com as mais diversas vozes e formas de ser brasileiro. A ficção científica não é apenas sobre naves espaciais, robôs e pistolas de raios laser, muito menos mero escapismo barato. É feita por construtores de sonhos lúcidos e o Brasil precisa sonhar os próprios sonhos. Sonhar com quantos outros Brasis a nossa imaginação nos puder levar. (Davenir Viganon, organizador)


PARA ADQUIRIR O LIVRO, CLIQUE NO LINK ABAIXO:

sexta-feira, 5 de agosto de 2022


QUATRO AMIGOS E OS TERRÍVEIS CÃES GIGANTES
- livro dos escritores Sérgio Vieira Brandão e Helô Bacichette.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

sábado, 16 de julho de 2022

RAIOS E TROVÕES

Ela chegou junto com a tempestade, olhos grandes, curiosos, profundos, assustados. Cabelos revoltos, soprados pelo vento que trazia o frio outonal. Sua boca pequena, perfeita, lábios delineados, por um batom de uma cor um pouco mais escura que o tom da sua pele. Curiosamente seu cabelo castanho avelã, parecia misturar-se ao cinza da tempestade.

Fiquei ali, parado olhando para ela, feito um babaca. Enquanto a nossa volta o mundo parecia desabar. Pela primeira vez na minha vida fiquei sem reação, o que fazer, que decisão tomar, quem era eu? Parte da minha mente dizia: socorre a moça”. Mas minhas pernas não obedeciam, o cérebro estava fixo naqueles olhos castanhos da cor da tempestade. A natureza sublime em sua perfeição, escolheu aquela hora, aquele lugar, para apresentar-me a minha amada.

Ela, a mãe natureza, em meio a sua fúria, dizia:

Pega. Estou te oferecendo a minha obra perfeita, a minha mais nobre criação. Quem seria ela? Suas roupas simples, porém elegantes. Será que já a vi em algum lugar? Ou ela foi literalmente soprada na minha frente?

Fiquei ali parado, segurando a porta da minha choupana. Uma parte de mim sabia que precisava entrar e abrigar-me, mas a outra metade não conseguia mexer sequer um músculo. Eu estava hipnotizado. A mãe natureza já estava impaciente com minha indecisão, pois soprou com mais força ainda o vento. Mas para mim, não existia tempestade na natureza, apenas aquela que se formou dentro de mim. E como se a mãe natureza dissesse:

Se mexe imbecil!

Um trovão se fez ouvir seguido de um raio que riscou as nuvens e veio parar a poucos metros de onde a moça estava. Nada que lhe oferecesse algum perigo real.

Santa mãe!

Exclamei assustado, enquanto corri para alcançar a moça no exato momento em que ela desequilibrada com o susto, estava prestes a desabar numa poça de água.

agora me dei conta que chovia e que ela estava toda molhada. E de seus lábios saiu um som divino, meloso.

Obrigada por me salvar.

Eeeuu, eeuu.

Para de gaguejar na frente da moça, pensei comigo.

Eu não me lembro quem sou, respondi sem tirar o meu olhar dos olhos cor da tempestade.

No céu um novo clarão, e a luz caiu aos meus pés… Acordei no hospital ouvindo minha mãe dizer:

Tu é doido é! O que tu queria fazer, abraçando a árvore no meio da tempestade?

A autora do conto RAIOS E TROVÕES, Ironi Jaeger, é escritora e coordenadora do Festival deLiteratura e Artes LiteráriasFLAL.
_________________________
*Postagem atualizada em 13 de agosto de 2024.

quinta-feira, 7 de julho de 2022

 

    


CRÔNICA POÉTICA

(Homenagem à minha mãe Ilma de Jesus Silveira Nunes)

 

Quando se conhece uma cidade, se conhece seu povo, sua cultura e sua beleza, seus causos e de novo suas lendas com certeza!

Assim foi com minha mãe que foi morar ali em Alvorada, uma pequena cidade, mas grande de riqueza na gauchesca tradição!

Sua casa ficava localizada no meio da natureza, no Jardim Aparecida, era o seu quintal, um paraíso belo com árvores e flores, plantas como essencial, ela que adorava, todas tão multicores!

Adotou esta cidade que fez sua felicidade!


****

 

Roselena de Fátima Nunes Fagundes – Camaçari (BA)

Natural de São Gabriel/RS. Radicada em Camaçari/BA. Professora, pedagoga e psicopedagoga. Escritora e poetisa. Crônica Poética foi publicada no livro CONTOS DE ALVORADA (coletânea de contos e crônicas do Clube dos Escritores de Alvorada,  comemorativa de vinte anos, Editora meia-noite, 2021).

 

 

E-MAIL DO CEA


Aos amigos do CEA informamos o nosso e-mail. Enviem textos, comentários, fotos, crônicas, contos, poemas para literatosalvorada@hotmail.com


A procura 

(Marisa Amorim)


Não pertenço ao seu mundo

Não trilhamos a mesma estrada

Meu futuro é um torvelinho

Que gira cada vez mais fundo

Em direção ao nada.

Procuro uma ponte

Um ponto, um caminho

Que vislumbre novo horizonte

E me direcione para sua alvorada.

***

Marisa Camargo Amorim Santos

Nascida e residente de Itapeva, São Paulo, é sócia-correspondente do CEA. Participou de várias antologias e empresta seu talento homenageando com sua poesia a cidade gaúcha. Este poema foi publicado no livro Primavera Poética (edição de setembro de 2002, em homenagem à primavera e ao 37º aniversário da Cidade de Alvorada).

 INÚTIL

(Claudete Costa)
Eu queria sair da tua vida,
me arrancar do teu corpo,
escorrer pela noite, e deixar de ser
este líquido pegajoso que te gruda os olhos,
que te cala a boca,
que te cola a sombra, que te torna imóvel
que te atiça os medos...
Eu queria arrancar minhas células
Da tua carne, e liberar teus passos,
Cruzar a porta e dizer:
"tô indo, seja feliz sem mim",
já que comigo, o dia é preocupante
e a vida te grita ao ouvido:
Anda. Corre. Faz. Não para. Não há tempo!
O tempo te falta agora e a
vida te cobra cada respiração...
Eu abri a tua porta para o mundo,
E não tem volta...
Aí se torna tão inútil, essa tentativa
Louca de desgrudar de você...
Te deixar livre do Karma,
Mas, se eu for agora, vou levar
Teus pedaços, teu cheiro na pele,
Tua alma tão misturada na minha...
Vai ser inútil!
***
Claudete Teixeira Costa, jornalista e radialista. Escolheu o município de Alvorada para viver, onde foi Secretária de Cultura e Desporto. Tem dois filhos e um neto.

Envergo mas não quebro

(Sirlei G)
Sou tal um bambu
Sob o açoite do vento
Enverga, se dobra
E, quando a tempestade passa
Volta a ficar de pé outra vez
Talvez não sem marcas
Talvez menos lúcido
Mas mais forte
Mais consciente...
Às vezes mais tristes
Outras mais felizes...
Assim é a vida!
***
Sirlei Dias Garcia Rangel é uma poeta intuitiva que busca em seus filhos e na própria vida a inspiração para o seu romantismo. Sem nunca ter publicado seu trabalho (antes), encontrou no CEA o incentivo que estava faltando. Este poema foi publicado no livro Alvorada Fazendo Arte: contos & crônicas, Edição de 2005.

 


De volta ao campo de atuação
Pudera duzentas vezes
Meus sentimentos todos destampidos
Quem sabe me sou mais independente
Do que trouxera
Certa vez fui a um centro de eventos
Pouco tempo me vi lá dentro
Doente independente
Atemporal
Sem medo da morte
Sem medo da violência
Propenso a felicidade.

Rodrigo Machado 


MINI LIVROS DO CLUBE DOS ESCRITORES DE ALVORADA!







 

FEIRA DO LIVRO DE ALVORADA

Já faz um tempinho...



 Pra vc, meu amor.



Não sou um sol completo

Sou raio de luz, fragmento
Ilumino nosso afeto
Aqueço um sentimento
.
Não sou mulher charmosa
Que passe e chame atenção
Entretanto sou fiel e carinhosa
Como uma rosa desabrocho o coração
.
Dizer que te amo já não basta
Carece um ato, um gesto terno
Porque palavras o tempo gasta
Mas o beijo de quem se gosta é eterno
.
(Ana Farias)



 

MINHA FLOR...




No meu jardim, plantei uma rosa,
Cuidei, cultivei, aguei todo prosa,
Para mim, era a flor mais linda do mundo,
Tinha orgulho, dedicação e amor profundo.

Das pragas, doenças, enfermidades a protegia,
Doei meu amor, minha vida enquanto crescia.
Tornava-se forte, e pra vida despontava,
Difícil demonstrar o quanto a amava.

Do meu jardim, então começou a caminhar,
Passos vigiados, do jardineiro a chorar,
Sabia que o destino assim a levaria,
Dor, medo, saudade, mas também alegria.

Dever cumprido, da semente agora crescida,
Aprender a dividir minha flor com a vida,
Nos acertos, da sua alegria compartilhar,
Sofrer, e estar ao seu lado quando chorar.

Meu jardim agora está vazio,
Relembro saudoso, os anos a fio,
Dever cumprido, talvez ele esteja,
Sentimento guardado com tristeza.

Jardineiro eu fui, e para sempre serei,
Para o resto da vida, ao seu lado estarei,
Aguardo ansioso, poder te ajudar,
E uma nova flor poder cultivar.

(Carlos Melo de Andrade)


 

SEM DESTINO


Eu poderia ficar pelo mundo

correndo atrás de estrelas cadentes

E decadente que fui corri atrás de você

Devia mesmo era ter corrido atrás de estrelas...


Agora vejo que você não é uma estrela

E aquelas cadentes há muito tempo não existem

Foi tudo mais um sonho meu

eu vi a estrela cair...


Andei pelo mundo perdido

Feito cão que caiu da mudança

Então corre atrás de carroças velhas

Sem saber pra onde ir...


Cães não uivam para a lua

Quem faz isso são os lobos...

Eu olho para a lua enquanto sonho contigo

Enquanto penso em amor, beijos ardentes

E corpos quentes que se tocam...


Poema SEM DESTINO, do escritor Mário Feijó. 



Poemas no Ônibus e no Trem de Porto Alegre

 
POETA ÀS PRESSAS
Achei que era fácil
versar o que sentia
tentei virar poeta
da noite para o dia.
Rimei minha quimera
e meu sonho-utopia
com a tal da primavera
e aquela luz do dia.
Preocupado com a rima
esqueci da poesia.
(Ricardo Porto)