O poeta vive da ilusão dos sonhos desfeitos.
Das mentiras costuradas com a linha do tempo.
De mágoas curtidas no vinagre da ilusão.
O poeta passa a viver só, quando perde o encanto.
Vai murchando feito uma rosa ao sol.
O poeta se alimenta com as dores da ilusão.
Bebendo o fel da amargura que escorre de seus olhos semicerrados.
O poeta que vive só, transforma-se em um dia frio de nevoeiro úmido.
Onde se enxerga apenas silhuetas e os rostos são meras caricaturas.
O poeta morre só, quando perde os sonhos e as palavras.
Quando as letras em sua mente vão se embaralhando.
O poeta morre só, e dele ficam os versos lindos e as palavras doces.
O poeta tem verso e reverso vive e morre com sua dor.
O poeta vive e morre triste, lentamente se apagando.
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Poema A MORTE DO POETA, da escritora Ironi Jaeger. Coordenadora do Festival de Literatura e Artes Literárias, FLAL, a autora reside em Alvorada, RS.
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Poema postado, em 03 de novembro de 2019, pela autora, em sua página no facebook.
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