Na sua frente Com um olhar Que faz sucumbir A mente... Percebo que suavemente, Meus olhos dançam Num fogo ardente Superaqueço com a emoção, Enfim... Está chegando o Verão!
_________________________
Um dia acordei, assim, Distribuindo tempestades Cansada de ser o “eu” inteira dividi-me em metades.
Algumas foram sopradas pelo vento Outras a chuva apagou. Algumas semeie no jardim E apenas com essas, hoje estou.
Na tempestade jogaram-me pedras Com elas construí um castelo. Vejam bem como é o destino Hoje aqui vivo, e ele é o mais belo.
Para o eu, preso na torre Joguei tranças tecidas de esperança. Deixei voar para longe O dragão com suas lembranças.
Hoje não creio mais em príncipes Nem mesmo com um rei eu sonho. Acredito apenas nas minhas metades, Onde com, e nelas, me recomponho.
Poema MINHAS METADES INTEIRAS, da escritora Ironi Jaeger. Coordenadora do Festival de Literatura e Artes Literárias, FLAL, a autora reside em Alvorada, RS.
Vento bate na janela, Chuva chega de mansinho, Vento bate na janela, E eu aqui a perguntar, Onde está o meu amor, Que a tempos se foi, Onde está o meu amor, Que nunca mais voltou, Chuva traz, Traz o meu amor, Chuva traz, Traz o meu amor.
O ENIGMA NO MURO
O prêmio em ouro aos olhos se revela, cento e setenta e quatro em claridade, no muro antigo a cifra se desvela, código vivo da sorte e da verdade.
De seus reflexos brotam sete flores, um, quatro e sete, em ramos de beleza, quarenta e um e quarenta em cores, tecem o véu da fortuna e da nobreza.
Quem decifrar o traço que cintila, verá no muro o mapa do destino, um sopro oculto que jamais vacila, levando o homem ao caminho divino.
Que reste claro aos olhos e ao sinal, é no segredo que a verdade brilha.