segunda-feira, 24 de novembro de 2025

 

TEORIA DA CONSPIRAÇÃO?

Antes de adentrar nos portais do templo anacrônico e idiossincrático da Comunidade hermética Uber revoltado com hipócritas, mais conhecida como Uber Church, lugar de gente infeliz, me atualize, por gentileza: como você está, caro leitor? Temo que, em maus lençois. É boca braba! Que Deus nos proteja do grande reset, que está chegando mais rápido que os boletos. 
Agora, como evangelista, deixa eu te fazer a pergunta que não quer calar: Já recebeu Jesus Cristo, como seu único e suficiente salvador? Ainda não? Sério? Você está preparado para a grande tribulação? Vigia, varão! Então? Me diga! Fala daí, que eu escuto daqui, em meu bunker apocalíptico. Decodificando: meu HB20, um verdadeiro tanque de guerra. O melhor guerreiro para enfrentar o exército de buracos da grande Porto Alegre. 
pensando que aqui é Sorocaba? Uber não é comédia! Fala que eu te Uber! Uber também é cultura! Vira Uber, pô! Receeeeeeebaaaaaa o link!
A propósito, como vão os trabalhos da ONU, o Fórum Econômico Mundial, o transumanismo e a criação de quimeras, os Illuminati e a Nova Ordem Mundial, o Clube do Bolinha, adrenocromo, Agenda 2030, o crédito de carbono, invasões alienígenas fake, Projeto Blue Beam e o falso Messias, o colapso do sistema religioso, financeiro e social, com os magnatas se protegendo em seus bunkers e o Big Brother puxando os cordeis?
Não me diga que ainda existe dinheiro físico! O grande reset ainda não aconteceu? Nada de ataque cibernético, apagão e blackout da internet? Você já foi marcado na mão direita ou na testa? O grande irmão já resolveu os conflitos do oriente médio, autorizou a reconstrução do terceiro templo de Israel, destruiu o catolicismo Romano, enganou os judeus, usurpou o título de Messias e congregou as nações para atacar Israel?
Nem notícia de uma terceira guerra mundial, nova pandemia ou insubordinação da inteligência artificial? E quanto à redução populacional, como estava escrito nas pedras da Geórgia, ainda não? 
Não diga! Tá de sacanagem? Então? Quer dizer que, eu li 1984, Admirável mundo novo, estudei escatologia durante décadas e tudo não passou de teorias de conspiração? Será que, meu terceiro olho, que quase tudo vê, está procurando pelo em ovo e chifre em cabeça de cavalo ou realmente, estamos sendo conduzidos a passos largos, pelo curral da engenharia social, sob o olhar discreto, mas maquiavélico, de psicopatas brincando de Deus? Bem, você decide! Te engane com teus próprios olhos! Só não diga que não foi avisado!

Natural de Alvorada, RS, Deodato Júnior é membro do Clube dos Escritores de Alvorada (CEA). Escreve, realiza palestras e já foi motorista de aplicativo — período que serviu de laboratório para várias de suas histórias. Criativo e versátil, o autor costuma criar diferentes pseudônimos para suas obras. São os casos de Salomaucriado para os livros O Lobisomem do LeprosárioProvérbios de Salomau e Teste Vocacional para Motoristas de Aplicativo e; de Crisóstomo, nas obras A Bruxa da Bom JesusHistórias que até Zeus duvida e Boca Braba.

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N.E. Trecho da introdução do livro PERSONA NON GRATA, do pseudônimo Salomau
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sábado, 22 de novembro de 2025

 

A MINHA HIPOCRISIA 

 

Talvez eu seja hipócrita,
do meu jeito atrevida.
Mas tudo isso que sou,
é o que tenho na vida.

Falam que sou hipócrita,
porque gosto de sonhar.
Talvez eu seja bandida,
do meu jeito de amar.
 
Não posso prejudicar ninguém,
porque tem que ser assim.
Não vou perder a minha moral,
aqui dentro de mim.
 
Nem posso ficar parada,
pelo o resto da minha vida.
Estou sempre fazendo algo,
para encontrar a saída.
 
Veja só o resultado,
da minha hipocrisia.
Continuarei montando as palavras,
transformando em poesia. 

Poema A MINHA HIPOCRISIA, da escritora Maria Rosa. Natural de Santo Antonio da Patrulha, a autora  é membro do Clube dos Escritores de Alvorada (CEA) e, reside em Alvorada, RS. Participou das coletâneas Livro do Trabalhador; Pérolas Ocultas; Somos Alvorada e; Raízes.  Em 2025, publicou o livro de poesia Maria Entre as Rosas, pela Editora Plena Voz. 
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O PRECONCEITO

 

Poema O PRECONCEITO, da escritora Maria Rosa. Natural de Santo Antonio da Patrulha, a autora  é membro do Clube dos Escritores de Alvorada (CEA) e, reside em Alvorada, RS. Participou das coletâneas Livro do Trabalhador; Pérolas Ocultas; Somos Alvorada e; Raízes.  Em 2025, publicou o livro de poesia Maria Entre as Rosas, pela Editora Plena Voz. 
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 Poema escrito e declamado pela autora para o Dia da Consciência Negra.
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 OS OLHOS


Ora atentos para o universo,
Ora dispersos no contexto do ego.
Ora brilhantes, feito diamante,
No sentimento que aflora a felicidade.

Os olhos que tudo veem e, no toque, tudo sentem;
Sentidos que despertam, mesmo sem visão,
Porque sentir também é uma forma de enxergar.

Olhos que beijam sem que os lábios toquem.
Olhos que adormecem e veem, em outra dimensão,
O sonho sonhado.
Olhos que desejam ser espelho
Para enxergar no outro o futuro.

Olhos.
Olhos de tigre ou de gato, sendo amuleto de sorte.

Simone Soares é escritora, educadora popular e embaixadora da Editora Plena Voz. A autora reside em Alvorada, RS, e, desde 2024, organiza, junto com artistas, apoiadores e escritores, a Feira Literária Independente em Alvorada. 
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Poema OS OLHOS.
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segunda-feira, 17 de novembro de 2025

 

CASTANHAS, JEROPIGA E ALEGRIA

Castanhas, jeropiga e alegria: o trio perfeito para uma tertúlia em família ou com amigos, num fim de tarde outonal acalentada pelos raios de sol do verão de São Martinho.
Na minha infância e juventude, a festa litúrgica em honra de Martinho, o padroeiro dos viticultores, era um dos maiores eventos do ano. Sendo a castanha um dos frutos mais abundantes e queridos desta época, o magusto sempre integrou o cartaz.
Nas zonas rurais, antes do entardecer, os aldeãos faziam uma fogueira com grossos troncos para aquecer os foliões durante a noite, que era sempre longa. A população circundava o fogo, deliciando-se com a beleza das chamas e o crepitar da casca dos pinheiros. As castanhas assadas nas brasas degustavam-se com vinho tinto, água-pé ou jeropiga. Confesso-me fã deste último licor, que resulta da adição de aguardente ao mosto, interrompendo o processo de fermentação. O resultado é uma doce bebida alcoólica que adoça os lábios e escorrega pela garganta.
Nestas festanças, é habitual comer caldo verde e outras iguarias confecionadas com produtos regionais. As concertinas, acordeões ou grupos musicais tocam, alentados pela boa disposição dos farristas, que dançam e cantam pela noite dentro.
A tradição diz que, por ocasião do São Martinho, há uma "pausa" no outono, vulgarmente denominada "verão de São Martinho". Estes dias são abrilhantados por quentes raios de sol e noites amenas, o “verão tardio" que nos mima antes da chegada do inverno.
O dia de São Martinho é celebrado por toda a Europa no dia 11 de novembro. Por terras lusitanas, é tão acarinhado que há vários provérbios em sua homenagem. A título de exemplo, cito: “No São Martinho, lume, castanhas e vinho”.
Vivo na cidade Invicta. No mês de novembro, as ruas são abrilhantadas por guarda-sóis coloridos que abrigam do sol, da chuva e da neblina os vendedores, enquanto confecionam as castanhas num fogareiro a carvão. Nunca deixo de admirar a resiliência destes homens de mãos escurecidas e sorriso nos lábios a sacolejar a panela com dedos desprotegidos.
As lendas e a sabedoria popular são riquezas a preservar e legados a transmitir às novas gerações. A história e a identidade dos povos constroem-se, também, pelos costumes e singularidades. Confidencio-me como uma devota costumeira. A maturidade aguça o apetite e a magia dos momentos singelos. Todos os anos perpetuo o ritual: com uma mão cheia de castanha faço um magusto e beberico um cálice de jeropiga.

Alexandra Ferreira é autora de Sombras com Rosto (romance, 2019) e de Um Verão Sem Ti (antologia de contos, 2023). Portuguesa, natural de Viseu, reside no Porto. É engenheira civil, pós-graduada em Direção de Empresas e mestre em Engenharia Rodoviária. Integrante do Festival de Literatura e Artes Literárias (FLAL) e do canal Liga dos 7, no facebook. Escreve para revistas literárias e clubes de leitura. Participa, ativamente, de congressos, sendo coautora de diversos artigos científicos.
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Crônica postada, em 11 de novembro de 2025, pela autora, no canal Liga dos 7, no Facebook.
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SANGUE E LITERATURA 

 

Entre as linhas do Cortiço e dos
Becos da memória
desenterro meu Torto arado
e os meus sonhos Supridores
não suprem a angústia
de ver literatura e realidade
imbricadas em uma invisibilidade
gerada por quem domina.
Por quem aos povos originários extermina.
Por quem aos quilombos elimina.
Por quem imputa o ódio a melanina que difere de sua
branquitude.
A arte também faz esse papel
de partilhar dissabores,
todos diante de horrores
que o capitalismo produz.
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Poema SANGUE E LITERATURA do escritor Daniel Machado, Geógrafo da Alma! (Mora em Alvorada, RS).
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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

 

DIANTE DE TI

 

Na sua frente Com um olhar Que faz sucumbir A mente... Percebo que suavemente, Meus olhos dançam Num fogo ardente Superaqueço com a emoção, Enfim... Está chegando o Verão! 

Janaína Rosa é natural de Porto Alegre e reside em Alvorada, RS. Cabeleireira, artesã, cantora e compositora, a escritora é membro do Clube dos Escritores de Alvorada (CEA). Começou escrevendo letras de músicas e poemas para o Instituto Ecovox. Em 2023, teve o poema Sintonia do Mar selecionado para o concurso Poeta Passageiro: poesia na viagem. A autora foi presidente da Associação de Músicos de Alvorada (AMUSA) e é vice-presidente do Instituto Alvorecer. Neste ano, teve o poema Bairro Passo do Feijó selecionado para a coletânea Alvorada por 60.

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Poema DIANTE DE TI. 
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