quinta-feira, 29 de maio de 2025
sábado, 21 de junho de 2025
O SEGREDO ENTRE PULOS E PASSOS
Certa manhã, enquanto eu varria as folhas do quintal — aquelas mesmas que insistem em cair só pra me lembrar que o tempo passa — ouvi um menino dizer:
— Vô, por que os especialistas falam que se a gente se exercitar, vive mais? O coelho vive pulando e dura só 12 anos. Já a tartaruga, que quase não se mexe, vive até duzentos!
Parei a vassoura. Olhei pro céu, depois pra dentro.
De onde vem essa lógica? O coelho é pura pressa, bicho ansioso. Seu coração bate rápido, como um tambor de guerra. Corre, salta, se assusta com o vento. Vive como quem foge de alguma coisa — talvez do próprio tempo.
Já a tartaruga… ah, essa carrega a casa nas costas e o mundo nos olhos. Anda devagar, mas vê o caminho. Vive cada passo como se fosse o último. Ou o primeiro. Não tem pressa. Não tem plano de saúde, mas tem paz. E paz, meu filho, é um remédio que a ciência ainda estuda com desconfiança.
Mas eis o pulo do gato — ou melhor, o passo da tartaruga:
Não é o exercício que alonga a vida. É a forma como se vive que a preenche.
O exercício que salva não é só o da academia. É o do abraço apertado. O da risada solta. O da caminhada olhando o céu, com o neto perguntando coisas que nem a ciência ousa responder.
Quem vive acelerado, queima combustível demais. Quem vive parado, enferruja por dentro. O segredo talvez seja dançar no meio-termo. Como quem não tem medo de correr, mas também sabe parar.
E se me perguntarem o que recomendo? Respondo assim:
"Corra como o coelho quando for preciso. Mas viva como a tartaruga quando for bonito."
No fim das contas, o que nos faz durar não é o movimento dos músculos. É o movimento da alma.
terça-feira, 8 de abril de 2025
Olá, amigos!
Alvorada é terra de escritores! Poetas, prosadores, ensaístas, compositores, cartunistas. Alguns ainda anônimos, outros já reconhecidos. Nomeio alguns, muitos ficarão de fora. Que os comentários ajudem a recolocar as coisas em ordem e sejam todos lembrados.
José Portela Delavi e Gildo de Freitas foram grandes compositores e trovadores que chegaram aqui ainda no tempo do Passo do Feijó, no auge de sua produção artística. Artur Madruga, escritor, professor e artista plástico, lançou em 2022 seu último título no Brasil, Portugal, Angola e Cabo Verde. Sérgio Vieira Brandão, com dezenas de obras publicadas, alcança todos os públicos. De sua oficina para escritores surgiu o Clube dos Escritores de Alvorada, há 25 anos em atividade. Do Clube, destaco Ricardo Pôrto e Anderson Vicente, com suas narrativas misteriosas em cenários alvoradenses. A ficção/aventura/terror/fantástico, aliás, move muitos jovens autores independentes, como Sérgio Pires, Davenir Viganon, Eduardo Alós e Diego Borella.
Na literatura em quadrinhos, o Coletivo Alvoradense de Quadrinhos tem publicado obras regularmente. Denilson Reis, do CAQ, mantém ativo o fanzine Tchê há mais de 35 anos. Já o Pablito Aguiar é um sucesso nacional com suas entrevistas transformadas em HQs.
Um grupo de contistas e poetas negros têm organizado coletâneas que trazem com muita contundência os temas da identidade e do cotidiano. Entre eles, a Karin Santiago, Cristina Ribeiro, Daniel Machado e Rodrigo Machado. Ainda com foco na identidade afro-alvoradense, a pesquisadora Tainã Rosa vem produzindo material visual e textual de alto valor cultural e pedagógico.
A educadora Simone Soares, o filósofo e músico Everton Santos, e o militar da reserva Damião Oliveira imprimem em suas obras muito de suas experiências pessoais. A questão da mulher, a filosofia e o humanismo estão ali presentes.
Encerro com o poeta José Cezar Matesich Pinto, que nos deixou importante obra poética, sobretudo na música nativista.
Alguns destes autores, entre outros, estarão na II Feira Literária Independente de Alvorada, nos dias 12 e 13 de abril. Aparece!
Abraços!
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
quinta-feira, 3 de agosto de 2023
quarta-feira, 28 de maio de 2025
QUANDO O BARRO LEMBRAR O SOPRO
sábado, 5 de abril de 2025
O POETA ADORMECIDO
Dorme o poeta, sereno e calmo,
Sobre as plumas do esquecimento,
Enquanto o vento sopra em seu salmo
Versos de um último pensamento.
No leito de sombras, o sonho vem,
Lúcido véu entre mundos velados,
Vê-se além, além de quem,
Caminha em ecos, passos calados.
A morte lhe fala, doce, gentil,
Como quem canta um canto antigo,
Sem foice ou dor, sem ser hostil,
Apenas um toque, um afago amigo.
E ele sorri, ao se ver partindo,
Num barco de névoa, flutuando leve.
Morre dormindo, mas segue indo,
Vivo no sonho que nunca se atreve.
Mas outros dizem: "Ele se foi!"
Não sabem que agora é luz errante,
Que em cada estrela, em cada "depois",
Seu verso vive, eterno e vibrante.
sábado, 15 de março de 2025
É um bobo da corte?
É um menestrel?
Não é, não!!! É o Quatro Ases
Fincado no chão
Depois de pensar
entendi a mensagem:
É a arte "gritando"
pedindo passagem
Com garra e coragem
na simplicidade
a homenagem ao artista
da nossa cidade...
quinta-feira, 20 de abril de 2023
quarta-feira, 4 de outubro de 2023
EU, CHORO
Se chorar é descer lágrimas, então chorei,
E delas fiz um mar de tristeza e dor,
Que em ondas me inundou e me afogou,
Até que a alma em prantos se desfez.
E ainda que o mar da dor persista,
E as lágrimas não cessem de rolar,
Eu sei que um dia, enfim, hão de secar,
E que a alegria em mim de novo exista.
Então, enquanto as lágrimas deslizam,
E a dor me envolve em um abraço frio,
Eu sigo em frente, firme em meu caminho.
Pois sei que, mesmo quando o choro finda,
A vida segue, e o sol voltará a brilhar,
E a tristeza se transformará em carinho.
Poema "Eu, choro" do escritor Damião Oliveira.
domingo, 1 de dezembro de 2024
Público-alvo: Professores e Alunos da Rede Pública do MunicípioHorário: das 08h30min às 18h30minEndereço: Avenida Wenceslau Fontoura, 105