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quinta-feira, 29 de maio de 2025

 

UBER TAMBÉM É CULTURA! #03 - DAMIÃO OLIVEIRA
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Neste podcast, do dia 25 de maio, o escritor Damião Oliveira foi entrevistado por Salomau, personagem do escritor Deodato Júnior (canal Autoconhecimento Hub, no YouTube).
*CLIQUE NAS PALAVRAS COLORIDAS (TÍTULO e NOTA DE RODAPÉ).

sábado, 21 de junho de 2025

 

O SEGREDO ENTRE PULOS E PASSOS

Certa manhã, enquanto eu varria as folhas do quintal — aquelas mesmas que insistem em cair só pra me lembrar que o tempo passa — ouvi um menino dizer:
Vô, por que os especialistas falam que se a gente se exercitar, vive mais? O coelho vive pulando e dura só 12 anos. Já a tartaruga, que quase não se mexe, vive até duzentos!
Parei a vassoura. Olhei pro céu, depois pra dentro.
De onde vem essa lógica? O coelho é pura pressa, bicho ansioso. Seu coração bate rápido, como um tambor de guerra. Corre, salta, se assusta com o vento. Vive como quem foge de alguma coisa — talvez do próprio tempo.
a tartaruga… ah, essa carrega a casa nas costas e o mundo nos olhos. Anda devagar, mas vê o caminho. Vive cada passo como se fosse o último. Ou o primeiro. Não tem pressa. Não tem plano de saúde, mas tem paz. E paz, meu filho, é um remédio que a ciência ainda estuda com desconfiança.
Mas eis o pulo do gato — ou melhor, o passo da tartaruga:
Não é o exercício que alonga a vida. É a forma como se vive que a preenche.
O exercício que salva não é só o da academia. É o do abraço apertado. O da risada solta. O da caminhada olhando o céu, com o neto perguntando coisas que nem a ciência ousa responder.
Quem vive acelerado, queima combustível demais. Quem vive parado, enferruja por dentro. O segredo talvez seja dançar no meio-termo. Como quem não tem medo de correr, mas também sabe parar.
E se me perguntarem o que recomendo? Respondo assim:
"Corra como o coelho quando for preciso. Mas viva como a tartaruga quando for bonito."
No fim das contas, o que nos faz durar não é o movimento dos músculos. É o movimento da alma.


Crônica O SEGREDO ENTRE PULOS E PASSOS, do escritor Damião OliveiraNatural de São Gabriel, reside em Alvorada, RS. Autor de diversos livros tais como Sonetos para DeusBuquê de Flores e; Pinhal em VersosCriou projeto Semeando Sonhos, Colhendo Realidades que distribui, de forma gratuita, livros e e-books em escolas, grupos de escoteiros,  associações e sociedade em geral.
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Crônica postada, em 16 de junho de 2025, pelo autor, em sua página no facebook. 
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terça-feira, 8 de abril de 2025


 ALVORADA: NOSSA TRADIÇÃO LITERÁRIA

Olá, amigos!
Alvorada é terra de escritores! Poetas, prosadores, ensaístas, compositores, cartunistas. Alguns ainda anônimos, outros já reconhecidos. Nomeio alguns, muitos ficarão de fora. Que os comentários ajudem a recolocar as coisas em ordem e sejam todos lembrados.
José Portela Delavi e Gildo de Freitas foram grandes compositores e trovadores que chegaram aqui ainda no tempo do Passo do Feijó, no auge de sua produção artística. Artur Madruga, escritor, professor e artista plástico, lançou em 2022 seu último título no Brasil, Portugal, Angola e Cabo Verde. Sérgio Vieira Brandão, com dezenas de obras publicadas, alcança todos os públicos. De sua oficina para escritores surgiu o Clube dos Escritores de Alvorada, há 25 anos em atividade. Do Clube, destaco Ricardo Pôrto e Anderson Vicente, com suas narrativas misteriosas em cenários alvoradenses. A ficção/aventura/terror/fantástico, aliás, move muitos jovens autores independentes, como Sérgio Pires, Davenir Viganon, Eduardo Alós e Diego Borella.
Na literatura em quadrinhos, o Coletivo Alvoradense de Quadrinhos tem publicado obras regularmente. Denilson Reis, do CAQ, mantém ativo o fanzine Tchê há mais de 35 anos. Já o Pablito Aguiar é um sucesso nacional com suas entrevistas transformadas em HQs.
Um grupo de contistas e poetas negros têm organizado coletâneas que trazem com muita contundência os temas da identidade e do cotidiano. Entre eles, a Karin Santiago, Cristina Ribeiro, Daniel Machado e Rodrigo Machado. Ainda com foco na identidade afro-alvoradense, a pesquisadora Tainã Rosa vem produzindo material visual e textual de alto valor cultural e pedagógico.
A educadora Simone Soares, o filósofo e músico Everton Santos, e o militar da reserva Damião Oliveira imprimem em suas obras muito de suas experiências pessoais. A questão da mulher, a filosofia e o humanismo estão ali presentes.
Encerro com o poeta José Cezar Matesich Pinto, que nos deixou importante obra poética, sobretudo na música nativista.
Alguns destes autores, entre outros, estarão na II Feira Literária Independente de Alvorada, nos dias 12 e 13 de abril. Aparece!
Abraços!

O escritor Fabiano Soria Vaz mora em Alvorada, RS, é professor e pesquisador. Escreveu artigos para o livro RAÍZES DE ALVORADA e o site A Trincheira: a História em debate em Alvorada. Autor de O PIONEIRO DO PASSO DO FEIJÓ, conto da coletânea CONTOS DE ALVORADA, do Clube dos Escritores de Alvorada (dizedoria@gmail.com).
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Crônica, do dia 07 de abril, postada pelo autor na página do Portal Alvoradense, no facebook.
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domingo, 17 de agosto de 2025

  

HOJE FOI...

O dia mais feliz da minha vida. Acordei e vi que estava na minha cama, e havia um teto sobre mim. O relógio digital no criado-mudo marcava 6 horas da manhã. Uma réstia de luz entrava pela porta entreaberta do banheiro. Lembrei que a mulher sempre dizia para deixá-la fechada.
Sentei-me na cama, coloquei as sandálias, levantei e dei uma bela espreguiçada. Ergui a cabeça, fechei os olhos e fiz uma oração silenciosa de gratidão aos céus. Estou vivo para mais um dia. Pensei: Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Até hoje. Agora.
Fui até a cozinha, e o cheiro do café recém-passado tomou meus sentidos. Peguei a xícara favorita, aquela que a mulher sempre reclamava por eu deixar espalhada pela casa. Tomei o primeiro gole sentindo o calor descer suave pela garganta. A manhã estava silenciosa, apenas o cantar dos pássaros preenchia o ar.
Abri a janela e deixei a brisa fria da manhã tocar meu rosto. Olhei para o céu tingido em tons dourados e alaranjados pelo nascer do sol. Havia algo especial na forma como os raios atravessavam as folhas das árvores, desenhando sombras na parede da sala. O simples fato de estar ali, presente, respirando, parecia um milagre cotidiano que muitas vezes passava despercebido.
Peguei o jornal na porta e folheei distraído. As notícias eram as mesmas de sempre – política, economia, esportes. Nada ali parecia capaz de abalar minha serenidade. A vida seguia seu curso, e eu estava ali para testemunhá-la.
Voltei para o quarto e vi minha esposa ainda dormindo, os cabelos espalhados no travesseiro, a respiração tranquila. Sorri. Quantos momentos assim já deixei de valorizar? Hoje, cada detalhe parecia ter um brilho diferente, como se um véu tivesse sido retirado dos meus olhos.
Hoje foi um dia feliz. Não porque algo extraordinário aconteceu, mas porque percebi a beleza do ordinário. Porque compreendi que o simples ato de estar vivo, de respirar, de amar e ser amado, é um presente.
E se amanhã eu acordar, sei que poderei dizer de novo: Hoje é o dia mais feliz da minha vida. 

Nascido em São Gabriel, Damião Oliveirareside em Alvorada, RS. É autor dos livros Sonetos para Deus, Buquê de Flores Pinhal em VersosE, o criador do projeto Semeando Sonhos, Colhendo Realidades, o qual doa livros e e-books para escolas, associações e sociedade em geral. 
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Crônica HOJE FOI... postada, em 03 de julho de 2025, pelo autor, em sua página no facebook. 
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terça-feira, 8 de julho de 2025

 

COISAS LOUCAS

 

Vendavais, inudações

terremotos, erupções

fim de mundo agitações

suicídios, homicidios

feminicidios, infanticidios

fim de mundo agitações

igrejas, bares, boates

Templos e casas escarlates

fim de mundo agitações

videncias e projesões

serios e charlatões

fim de mundo agitações

Amigos e traidores

Algozes e libertadores

fim de mundo agitações

Sabedoria e \burrice

razão e emoção

fim de mundo agitação

paraíso ou inferno

fim de mundo agitações.

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Poema COISAS LOUCAS, do escritor Damião Oliveira
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quarta-feira, 6 de novembro de 2024

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

 

O POEMA DESNUDO 

 

Os Deuses, eles ocultam muitas coisas
Uns dos outros, não se mostram
como verdadeiramente são
O seu melhor e ou o seu pior....
os poetas se desnudam
de todo o preconceito do saber e
se mostram "desnudos
Como Eu Sou! Eu e o meu Ego!
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Poema O POEMA DESNUDO, do escritor Damião Oliveira
 Clique na imagem do autor nas palavras coloridas (Nota de Rodapé).
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abaixo:

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

 

Poema HORTÊNCIA-INGLESA de Damião Oliveira (LIVRO ENGENHO DE FLORES)

quarta-feira, 28 de maio de 2025

QUANDO O BARRO LEMBRAR O SOPRO

Caminhamos há milênios, arrastando as sandálias sobre a terra que nos pariu. Olhamos para as estrelas como quem procura um espelho no céu — e não nos damos conta de que a centelha está no peito, acesa desde o primeiro soluço do universo.
Fizemos ferramentas, fizemos guerras. Inventamos deuses com rosto humano, depois nos perguntamos por que eram tão imperfeitos. Construímos cidades de aço e vidro, mas ainda tropeçamos em nossas sombras. E mesmo assim, seguimos. A cada erro, uma lição; a cada dor, uma janela.
Alguns dizem que seremos deuses quando dominarmos a matéria, outros dizem que só o seremos quando libertarmos o espírito. Talvez a verdade esteja no encontro: quando ciência e compaixão se derem as mãos. Quando a inteligência deixar de competir e começar a cuidar. Quando deixarmos de nos perguntar "o que posso conquistar?" e passarmos a perguntar "quem posso elevar?"
A consciência de Deus — se existe — não nos espera no futuro. Ela sussurra no agora, nas escolhas pequenas, no gesto gratuito, na escuta atenta. Está na criança que compartilha o brinquedo, no velho que perdoa, no poeta que escreve à beira do abismo e escolhe a luz.
Um dia, talvez, a humanidade se lembre que já foi barro. E que o sopro, esse mesmo sopro que pulsa em cada vida, nunca nos abandonou.

Crônica QUANDO O BARRO LEMBRAR O SOPRO, do escritor Damião Oliveira. Natural de São Gabriel, reside em Alvorada, RS. Autor de diversos livros tais como Sonetos para DeusBuquê de Flores e; Pinhal em VersosCriou projeto Semeando Sonhos, Colhendo Realidades que distribui, de forma gratuita, livros e e-books em escolas, grupos de escoteiros,  associações e sociedade em geral.
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Retirado do livro O Eu Sou EU, terceiro livro da trilogia Eu Sou.
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sábado, 5 de abril de 2025

 

O POETA ADORMECIDO

 

Dorme o poeta, sereno e calmo,  

Sobre as plumas do esquecimento,  

Enquanto o vento sopra em seu salmo  

Versos de um último pensamento.  


No leito de sombras, o sonho vem,  

Lúcido véu entre mundos velados,  

Vê-se além, além de quem,  

Caminha em ecos, passos calados.  


A morte lhe fala, doce, gentil,  

Como quem canta um canto antigo,  

Sem foice ou dor, sem ser hostil,  

Apenas um toque, um afago amigo.  


ele sorri, ao se ver partindo,  

Num barco de névoa, flutuando leve.  

Morre dormindo, mas segue indo,  

Vivo no sonho que nunca se atreve.  


Mas outros dizem: "Ele se foi!"  

Não sabem que agora é luz errante,  

Que em cada estrela, em cada "depois",  

Seu verso vive, eterno e vibrante. 

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Poema O POETA ADORMECIDO, do escritor Damião Oliveira
*CLIQUE NAS PALAVRAS COLORIDAS (NOTA DE RODAPÉ).

sábado, 15 de março de 2025

 

A ESTÁTUA DA 43

 

É um bobo da corte?

É um menestrel?

Não é, não!!! É o Quatro Ases

Fincado no chão


Depois de pensar

entendi a mensagem:

É a arte "gritando"

pedindo passagem


Com garra e coragem

na simplicidade

a homenagem ao artista

da nossa cidade... 

 

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Poema A ESTÁTUA DA 43, do escritor Damião Oliveira. Natural de São Gabriel, reside em Alvorada, RS. Autor de diversos livros tais como Sonetos para DeusBuquê de Flores e; Pinhal em VersosCriou projeto Semeando Sonhos, Colhendo Realidades que distribui, de forma gratuita, livros e e-books em escolas, grupos de escoteiros,  associações e sociedade em geral.
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Retirado do livro Alvorada in Love, o poema faz referência ao Quatro Ases, personagem do quadrinista Luciano Moucks que buscou inspiração na vida do ator Rogério Valim
*CLIQUE NAS PALAVRAS COLORIDAS (TÍTULO, BIOGRAFIA E NOTA DE RODAPÉ).