Na playlist Joyce Alane,na retina imagens fantasiadasenquanto os dedos sangram poesia no teclado.A canção termina,o chá esfria e me lembraque fragmentar-me em versosé a forma de solidificar minha essência.
QUANDO ENTENDI AS PALAVRAS
Muito cedo e rapidamenteme seduziu.Eu era precoce em idade,mas meus olhos brilhavam diante de ticom uma volúpia que me furtava o ar.De maneira “Quixoteana”intentei combater castelos devastados pela perversidade,cravar minha fúria em peitos “moinhos”,reclamar o amor da minha Dulcinéia Del TobosoE tudo porque passei a entender as palavrase a elas ofertar o meu coração de poeta.
Tento segurar por entre as mãos,então percebo que já não seguroas que outrora me guiaram.
Recorro as fotos espalhadas pela casa,as dos álbuns impressos e digitalizados.Deito com a esperança de revê-los em sonhos,quiçá tão doces como os da padariarepletas de guloseimas da infânciaque o tempo não nos dá mais,
pois vocês se mudaram para o meu peito.Que eu sinto, mas não consigo tocar.
Sempre gostei de releituras.Nelas um novo véu se descortinasobre a essência captada que deságuaem outro mar.Quando alguém lembra de vocêsatravés do meu ser,também me releio e adapto-meem um cotidiano já não tão festivo,mas imensamente grato pela convivênciaque a física ausência nunca apagará do meu coração.
Poema FORMA ANÔNIMA, do escritor Daniel Machado (Geógrafo da Alma!).
A MINHA PASÁRGADA
Poema DEVANEIOS, do escritor Daniel Machado (Geógrafo da Alma!).
Capto das canções de outras histórias,
sentimentos que tive
ou que gostaria de ter.
O perfume das flores inebria-me,
mas também me detenho diante
do fétido odor da intolerância,
da concretude da falta de amor.
Ser poeta é ser um nervo exposto,
é ser uma esponja que absorve
os dissabores, mas acima de tudo
os amores que pavimentam o mundo.
Poema CAPTANDO, do escritor Daniel Machado (Geógrafo da Alma!).
Caminho hibridamente entre o teclado e o coração,
fluo por entre dedos,
desvendo e contemplo segredos
já nem tão secretos assim.
Sangro poemas,
bebo o néctar melódico de canções
que o menestrel não cantou
mas que o vento assovia.
Afasto a melancolia que às vezes quer me visitar
me sento na sala de jantar
e devoro memórias com creme de esperança.
A bailarina já não dança
e a minha mente ainda criança
solta pipas diante do luar.
Poema SEGREDOS do escritor Daniel Machado (GEÓGRAFO DA ALMA!)
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