sexta-feira, 13 de junho de 2025

 

VELHA SENHORA QUE 
ALIMENTA OS ANIMAIS

Estive na praça da 48 pra tomar cerveja com meu amigo Xará essa semana. E logo veio nosso outro amigo, o Pirata. Um cãozinho de rua que é caolho, ele estava bem gordinho e com a pelugem preta brilhando. O motivo: come há anos moela com ração, gentileza de uma velha senhora que vem todos os dias na praça da 48 alimentar os animais de rua.
Contaram-me que ela teria vindo da Alemanha, há muito tempo. Ficamos observando ela servir a ração, pensei até em falar com ela, mas não tive coragem. Por que será que a bondade é tão natural pra algumas pessoas?
O poeta Libanês Kail Gibran disse uma vez que a natureza do ser humano é boa quando ele doa porque é uma condição da natureza, como uma árvore dar frutos. Reter é perecer.
quem seja bom porque quer reconhecimento, e há quem seja bom porque estudou o que é certo. E há quem doa de si sem pensar em nada, porque lhe é natural, esses estão no coração de Deus.


Graduado em História, o escritor Everton Santos, autor do livro O SOL DOS MALDITOS, é coordenador dos eventos Feira Alternativa e Ensaio de Rua, músico da banda de punk rock Atari e apresentador do canal, no youtube, Consciência Histórica. Mora em Alvorada, RS.
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Crônica postada, em 11 de junho de 2025, pelo autor, em sua página no facebook. 
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OLVIDARTE

 

Yo queria olvidarte.
Os moinhos já me sangraram bastante
pero no puedo cambiar.
Las mariposas bailan
com meus olhos
quando penso em você.

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Poema OLVIDARTE do escritor Daniel Machado, Geógrafo da Alma! (Mora em Alvorada, RS).
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quinta-feira, 29 de maio de 2025

 

UBER TAMBÉM É CULTURA! #03 - DAMIÃO OLIVEIRA
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Neste podcast, do dia 25 de maio, o escritor Damião Oliveira foi entrevistado por Salomau, personagem do escritor Deodato Júnior (canal Autoconhecimento Hub, no YouTube).
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quarta-feira, 28 de maio de 2025

QUANDO O BARRO LEMBRAR O SOPRO

Caminhamos há milênios, arrastando as sandálias sobre a terra que nos pariu. Olhamos para as estrelas como quem procura um espelho no céu — e não nos damos conta de que a centelha está no peito, acesa desde o primeiro soluço do universo.
Fizemos ferramentas, fizemos guerras. Inventamos deuses com rosto humano, depois nos perguntamos por que eram tão imperfeitos. Construímos cidades de aço e vidro, mas ainda tropeçamos em nossas sombras. E mesmo assim, seguimos. A cada erro, uma lição; a cada dor, uma janela.
Alguns dizem que seremos deuses quando dominarmos a matéria, outros dizem que só o seremos quando libertarmos o espírito. Talvez a verdade esteja no encontro: quando ciência e compaixão se derem as mãos. Quando a inteligência deixar de competir e começar a cuidar. Quando deixarmos de nos perguntar "o que posso conquistar?" e passarmos a perguntar "quem posso elevar?"
A consciência de Deus — se existe — não nos espera no futuro. Ela sussurra no agora, nas escolhas pequenas, no gesto gratuito, na escuta atenta. Está na criança que compartilha o brinquedo, no velho que perdoa, no poeta que escreve à beira do abismo e escolhe a luz.
Um dia, talvez, a humanidade se lembre que já foi barro. E que o sopro, esse mesmo sopro que pulsa em cada vida, nunca nos abandonou.

Crônica QUANDO O BARRO LEMBRAR O SOPRO, do escritor Damião Oliveira. Natural de São Gabriel, reside em Alvorada, RS. Autor de diversos livros tais como Sonetos para DeusBuquê de Flores e; Pinhal em VersosCriou projeto Semeando Sonhos, Colhendo Realidades que distribui, de forma gratuita, livros e e-books em escolas, grupos de escoteiros,  associações e sociedade em geral.
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Retirado do livro O Eu Sou EU, terceiro livro da trilogia Eu Sou.
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sábado, 24 de maio de 2025

  

PEQUENO VISITANTE

 

Pequeno
Sem trinado
Pousado
no prédio sem galhos
Bico no peito
feito tristonho
perdido ferido
A melancolia dos motores
ensurdece seu silêncio
Abro mais a cortina
Foi embora
Decidiu a hora
de voltar para casa
deixar a cidade
voar de verdade
sem vidraça nenhuma.
Na janela
ficou uma pluma...

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Anderson Vicente é escritor, gestor ambiental e formando em História. Reside em Alvorada, RS, onde ajudou a fundar o Clube dos Escritores de Alvorada (CEA). Tem diversas participações em coletâneas de contos, crônicas e poemas. É autor dos livros juvenis Às voltas com a caveira e Na trilha dos zumbis (escritorandersonvc@gmail.com).
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Poema publicado, em 2002, no livro PRIMAVERA POÉTICA, coletânea de poemas do Clube dos Escritores de Alvorada, Editora ÍSIS. 
Leia, também, no jornal A Semana, edição 1862, página 2, de 30 de maio de 2025 (nota adicionada em 30 de maio).
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IMENSIDÃO


Diante da imensidão do mar
uma conchinha lilás
que mal cabe no olhar 
mas talvez no poema

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Sérgio Vieira Brandão, nascido em Alvorada, RS, é escritor, professor, psicólogo e empresário. Mora em Tramandaí, RS (sergio.escritor@gmail.com).
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Poema publicado, em 2010, no livro POEMAS DE AMOR ADOLESCENTE, coletânea de poemas, Editora SVB Edição e Arte. 
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VIVENDO HONESTAMENTE


Minha casa é humilde,
não tenho muito a oferecer. 
Mas o pouco que tenho,
vou dividir com você. 

Aqui nós vivemos
com  paz e compreensão. 
Trabalhamos honestamente
para não faltar o pão 

Não tenho preconceito
do pobre ou da riqueza.
Trabalho todos os dias,
cuidando da natureza. 

Aqui ninguém dorme com fome,
temos sempre uma solução. 
Aquele que tem mais
sempre estende a sua mão. 

Todos os dias agradeço
ao meu Grande Salvador. 
Porque na minha casinha
nunca faltou o amor. 

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Poema VIVENDO HONESTAMENTE, da escritora Maria Rosa. Natural de Santo Antonio da Patrulha, a autora, reside em Alvorada, RS. Participou das coletâneas Livro do Trabalhador; Pérolas Ocultas; Somos Alvorada e; Raízes. Atualmente, está escrevendo um livro de poesia. 
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Escrito, pela autora, em 18 de abril de 2025.
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DESAPEGO

Esta semana, dei por mim a pensar na linearidade da vida que levamos.
Nascemos e somos logo incitados ao apego materno, à aglutinação de brinquedos, jogos e objetos. Crescemos aprendendo a valorizar a posse de pessoas, bens ou estatutos.
Em adultos, damos continuidade a uma caminhada linear de aprendizagem dos ensinamentos duma sociedade que vive a vida como um maratonista em esforço para atingir a meta.
Amadurecemos, continuando a correr até ao escopo. Pretendemos ouvir o apito do triunfo, os aplausos da multidão de desconhecidos que avistamos ao longo do percurso.
Não nos apercebemos da insustentabilidade do processo. Não nos apercebemos que a vida é um ciclo  nascer/crescer/morrer.
Este facto leva-nos a refletir sobre a necessidade de libertar, abrir mão, renunciar. Aceitar a finitude das pessoas, dos objetos, dos estatutos. Aceitar que devemos viver no momento presente.
Esta circularidade conduz-nos ao desapego.
Desapegar é por vezes difícil, doloroso, penoso. É uma arte delicada de aceitação de que tudo é transitório. É a capacidade de apreciar o que temos, sem obstinação de querer controlar ou prender, permitindo que a vida flua de forma mais leve e natural.
O não apego não significa desamor, abandono ou desafeto por algo ou alguém, mas sim que a posse ou a permanência não são, por si só, sinónimos de felicidade.
Não é perder, é compreender que renunciar é escolher, que libertar é respeitar, e que deixar partir também é amar!
Contudo, não somos treinados para esta abordagem disruptiva de maturidade que poderá potenciar a vivência duma vida mais prazerosa.
Vamos arriscar?


Alexandra Ferreira é autora de Sombras com Rosto (romance, 2019) e de Um Verão Sem Ti (antologia de contos, 2023). Portuguesa, natural de Viseu, reside no Porto. É engenheira civil, pós-graduada em Direção de Empresas e mestre em Engenharia Rodoviária. Integrante do Festival de Literatura e Artes Literárias (FLAL) e do canal Liga dos 7, no facebook. Escreve para revistas literárias e clubes de leitura. Participa, ativamente, de congressos, sendo coautora de diversos artigos científicos.
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Crônica postada, em 02 de abril de 2025, pela autora, no canal Liga dos 7, no facebook.
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domingo, 18 de maio de 2025

MOSTRA ALVODRAMA 2025 NA PRAÇA DA 48