A escritora Ironi Jaeger é coordenadora do Festival de Literatura e Artes Literárias (FLAL). Mora em Alvorada, RS.
*CLIQUE NAS PALAVRAS COLORIDAS (BIOGRAFIA E NOTA DE RODAPÉ).
A escritora Ironi Jaeger é coordenadora do Festival de Literatura e Artes Literárias (FLAL). Mora em Alvorada, RS.
A VIDA EM CICLOS
Em ciclos de vida, o tempo tece, Primavera, infância, em flor renasce. Despertar da alma, verde a brotar, Alegria pura, sem fim, a bailar. Verão, juventude, sol a brilhar, Paixões acesas, sem medo de amar. Dias longos, sonhos a voar, Amores quentes, para sempre guardar. Outono chega, a maturidade a colher, Folhas douradas, sabedoria a crescer. Calma e reflexão, um tempo de pensar, Memórias guardadas, para sempre lembrar. Inverno, velhice, o fim a abraçar, Neve que cai, um ciclo a findar. Em paz e silêncio, a alma repousar, No frio que acalma, a vida a cessar.
POEMA POBRE
Noite de verão,
ela, olha pela janela,
enquanto toma,
suco de limão.
DO OUTRO LADO DA RUA O SOL BRILHA
Mulher pobre, rica, santa ou pecadora
mulher motorista, delegada ou professora
menina, idosa, jovem, senhora
mulher que ri, canta e que chora
Mulher que da a vida por outra vida
mulher que deu a luz Jesus Cristo
Mulher negra, branca,índia ou cigana
de espelho na mão e sangue na veia.
mulher que sofre, espera deseja
Que trocou a cozinha pelo copo de cerveja.
mulher que livre perdeu o encanto
mulher objeto, jogada pelos cantos.
mulher fiel, amiga, companheira,
para horas, dias ou para a vida inteira.
Mulher que ama, chora e sente
mulher que de guerrilheira chegou a presidente.
Mulher pobre, rica, santa ou pecadora,
de qualquer raça credo ou cor
serás sempre o princípio da vida
mulher teu sobrenome é amor.
A escritora Ironi Jaeger é coordenadora do Festival de Literatura e Artes Literárias (FLAL). Mora em Alvorada, RS.
_________________________
Crônica postada, em 23 de dezembro de 2024, na página Liga dos 7, no facebook.
O poeta vive da ilusão dos sonhos desfeitos.
Das mentiras costuradas com a linha do tempo.
De mágoas curtidas no vinagre da ilusão.
O poeta passa a viver só, quando perde o encanto.
Vai murchando feito uma rosa ao sol.
O poeta se alimenta com as dores da ilusão.
Bebendo o fel da amargura que escorre de seus olhos semicerrados.
O poeta que vive só, transforma-se em um dia frio de nevoeiro úmido.
Onde se enxerga apenas silhuetas e os rostos são meras caricaturas.
O poeta morre só, quando perde os sonhos e as palavras.
Quando as letras em sua mente vão se embaralhando.
O poeta morre só, e dele ficam os versos lindos e as palavras doces.
O poeta tem verso e reverso vive e morre com sua dor.
O poeta vive e morre triste, lentamente se apagando.