sexta-feira, 11 de julho de 2025

 

SÃO PEDRO ENCERRA O MÊS DOS FOLIÕES

Na despedida do mês mais gaiteiro do meu país, São Pedro, considerado o guardião das chaves do céu, apadrinha 16 concelhos. Em honra do pescador que preteriu a pesca de peixe pela pesca de homens, as populações piscatórias organizam uma procissão cujos andores são carregados pelos homens do mar. É um santo popular, especialmente venerado pela população piscatória, viúvos e viúvas. A população decora as ruas com manjericos, bandeiras coloridas, balões e arcos de flores. Em algumas regiões, como Póvoa de Varzim, é comum ver as varandas das casas decoradas com colchas e panos bordados. Alinhado com os dois antecessores, e usufruindo do calor, a noitada é de farra com muita comida, bebida e bailaricos.
Três festividades religiosas que se tocam na celebração duma homilia enriquecida por grupos, corais e bandas musicais e, na confraternização da família em volta duma mesa aprontada com a melhor louça e talheres, para apreciar o cabrito ou borrego assado no forno e a doçaria regional.
Curiosidades e Lendas:
Simão (o pescador) era pescador, trabalhava no Mar da Galileia com seu irmão André. Acederam ao chamamento de Jesus para segui-lo e se tornaram dois dos seus doze apóstolos. Jesus mudou o nome de Simão para Pedro, que significa "pedra" ou "rocha", para indicar o papel fundamental que ele teria na construção da Igreja.
Pedro (o apóstolo) foi o melhor amigo de Jesus e tornou-se um apóstolo durante seu ministério. Após a sua morte, tornou-se líder dos apóstolos, sendo, frequentemente, descrito como seu porta-voz nos evangelhos.
Papa a Igreja Católica considera São Pedro o primeiro Papa, baseado em passagens bíblicas e na tradição;
Martírio a tradição cristã relata que São Pedro foi crucificado de cabeça para baixo em Roma, por se considerar indigno de morrer da mesma forma que Jesus, no dia 29 de junho;
Basílica de São Pedro  na Cidade do Vaticano é dedicada exclusivamente ao martírio do Santo.
Chaves do Céu reza a lenda que as chaves do céu e do inferno, foram-lhe entregues por Jesus Cristo depois de ter sido feito o líder da sua nova igreja.
A perpetuação dos costumes — saltar a fogueira, lançar balões de papel, bater na cabeça com alho-porro ou martelos de plástico e manjerico encorajam um povo entristecido por um inverno cinzento e uma primavera rejuvenescedora para o início da estação das colheitas.
Adeus ao mês batizado com o nome da mulher do deus romano Júpiter, Juno.
Alexandra Ferreira é autora de Sombras com Rosto (romance, 2019) e de Um Verão Sem Ti (antologia de contos, 2023). Portuguesa, natural de Viseu, reside no Porto. É engenheira civil, pós-graduada em Direção de Empresas e mestre em Engenharia Rodoviária. Integrante do Festival de Literatura e Artes Literárias (FLAL) e do canal Liga dos 7, no facebook. Escreve para revistas literárias e clubes de leitura. Participa, ativamente, de congressos, sendo coautora de diversos artigos científicos.
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Crônica postada, em 01 de julho de 2025, pela autora, no canal Liga dos 7, no Facebook.
*CLIQUE NAS PALAVRAS COLORIDAS (BIOGRAFIA E NOTA DE RODAPÉ).

2 comentários:

  1. Um mês que eu aprecio, obrigado pela partilha e por me ajudar a reviver essas festividades 👏

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  2. O Sao Pedro e o Padroeiro da minha rerra Natal. Adorei a cronica
    Manuel Osorio

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