segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

UERGS OFERECE OFICINA GRATUITA

OFICINA VOZ E EXPRESSÃO: 
teoria à prática
 
Datas: 06 e 13 dezembro (sexta-feira)
Horário: 8h30min às 12h
Local: UERGS em Porto Alegre. Rua Washington Luiz, 675, prédio 5, sala 5B - Centro Histórico, Porto Alegre/RS
PRESENCIAL - 50 vagas, com certificado de participação 

domingo, 1 de dezembro de 2024

 

 

O poeta vive da ilusão dos sonhos desfeitos.
Das mentiras costuradas com a linha do tempo.
De mágoas curtidas no vinagre da ilusão.
O poeta passa a viver só, quando perde o encanto.
Vai murchando feito uma rosa ao sol.
O poeta se alimenta com as dores da ilusão.
Bebendo o fel da amargura que escorre de seus olhos semicerrados.

O poeta que vive só, transforma-se em um dia frio de nevoeiro úmido.
Onde se enxerga apenas silhuetas e os rostos são meras caricaturas.
O poeta morre só, quando perde os sonhos e as palavras.
Quando as letras em sua mente vão se embaralhando.
O poeta morre só, e dele ficam os versos lindos e as palavras doces.
O poeta tem verso e reverso vive e morre com sua dor.
O poeta vive e morre triste, lentamente se apagando.


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Poema A MORTE DO POETA, da escritora Ironi JaegerCoordenadora do Festival de Literatura e Artes LiteráriasFLAL, a autora reside em Alvorada, RS.
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Poema postado, em 03 de novembro de 2019, pela autora, em sua página no facebook. 


PROJETO DOARÁ LIVROS 

No dia 08 de dezembro, o projeto de incentivo à leitura SEMEANDO SONHOS, COLHENDO REALIDADES, criado pelo escritor Damião de Oliveira, morador de Alvorada, RS, distribuirá 50 livros, gratuitamente, de 04 obras do autor, na I FEIRA LITERÁRIA INDEPENDENTE EM ALVORADA. 

Público-alvo: Professores e Alunos da Rede Pública do Município
Horário: das 08h30min às 18h30min

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

DIA: 15 DE NOVEMBRO 
HORÁRIO: ÀS 14 HORAS
LOCAL: PRAÇA DE AUTÓGRAFOS 


A autora: Nathiele Fagundes é contadora de histórias, graduanda em pedagogia, historiadora, especialista em História e Cultura Afro-Brasileira. Mora em Alvorada, RS (nathicontandohistorias@gmail.com).

A ilustradora: Bruna Müller é educadora social, professora de desenho e ilustração, quadrinista e artista multimídia. Formada em Artes Visuais, pós-graduada em Design Gráfico (reside em Porto Alegre, RS).  

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

 
NO DIA 08  DE DEZEMBRO,
 DAS 08H30MIN ÀS 18H30MIN
Clique em Diário Gaúcho e Zero Hora e leia as reportagens online

quarta-feira, 6 de novembro de 2024




A Biblioteca Pública Municipal Luis Fernando Veríssimo  Alvorada recebeu, neste mês, a visita e a doação de livros de escritores da cidade. Passaram, por lá, a escritora Simone Soares, que lançou, recentemente, a biografia História extraordinária de uma infância sombria; o jornalista Guilherme Wunder, autor do conto Quando crianças se tornam bois (da coletânea Crianças Pequenas: histórias sobre a aventura de gerar, cuidar e educar uma criança) e; o escritor Damião Oliveira, com as coletâneas O primeiro arco-íris e Coletânea Literatura 6: sentimentos e razões.

 

 

Poesia
Está em todos lugares
Em nossos corações
Em nossos momentos
Blindando nossos sentimentos
 
Poesia
É vida e olhar com afeto
É acreditar na beleza da vida
O cheiro da grama molhada
Raio do sol, romper do amanhecer
No céu azul, na chuva que cai
No perfume das rosas, no ar puro das
 
Árvores.
Poesia
E suas essências, de sua existência.
É sentir o sabor peculiar
É ver as cores, sentir amores.
Todos nós somos poetas
Todos nós nos emocionamos
Poesia
Que virou música, pura nostalgia
Com a lua que registrou a paixão
Com o mar que te abraçou e purificou
Poesia é ver, é sentir a obra divina de
 
Deus.
Poesia
É revolucionária faz refletir e assim sentir
Ela é coletiva colaborativa
É cor é sabor
É essência é amor
Poesia é cultura é muito pura
  
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Poema ALMA POETA, da escritora Simone SoaresEmbaixadora da Editora Plena Voz, a autora reside em Alvorada, RS, e, neste ano, organiza, junto com artistas, apoiadores e escritores, a 1ª Feira Literária Independente em Alvorada.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

 

DOBRADURAS
As classes estavam dispostas em círculo, na turma B, da Quarta Série. A professora ensinou como fazer um cisne, com dobradura.
— O que era isso antes de fazer as dobras? — A professora perguntou.
 Papel — a maioria respondeu.
— O que ficou?
 Um cisne.
 Como conseguimos isso? 
 Dobrando.
 Primeiro transformamos num quadrado e depois?
 Dobramos e virou um triângulo, e depois um cisne. 
A professora pediu que comparassem a dobradura com a vida.
— Nós também nos transformamos — respondeu um menino.
— Quando a gente nasce não tem cabelo, nem dente, só chora — disse uma menina.
A professora concordou com as afirmações e comparou as transformações que passam os nossos corpos, assim como a folha.
Quase todos acompanhavam a atividade com muito interesse, menos uma menina: o olhar distante, enxergando longe ou olhando para dentro dela mesma.
A professora desmanchou a dobradura.
 O que ficou aqui?
 Voltou a ser papel  — muitos responderam.
A menina continuava do mesmo jeito.
Todos na escola conheciam a sua história. O pai estava envolvido com drogas e fora preso; a mãe, ela não conhecia; a madrasta, quando o pai foi preso, desapareceu também.
A professora chamou-a, abanando a folha que fora dobradura e tornara a ser folha novamente: 
— Marina, o que ficou aqui?
A menina permaneceu calada; o rosto contraiu-se um pouco. A professora insistiu na pergunta e ela respondeu, olhando pro papel:
— As marcas.
Terminou a aula.


Sérgio Vieira Brandão, nascido em Alvorada, RS, é escritor, professor, psicólogo e empresário. Mora em Tramandaí, RS (sergio.escritor@gmail.com).
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Conto publicado, em 2004, no livro ACONTECEU NA ESCOLAcoletânea de contos, Ísis Editora. 

 

PÉTALAS DISTANTES

 

Cabeça na terra, mas os pés no espaço
Às vezes amante da lua, outras vezes do
planetário
Buscando a saída pra dentro, por cansar de
fazer o contrário
Vivendo só por hoje o presente, sem ser
refém do futuro nem escravo do passado
Saboreando olhar nos olhos de uma
mulher linda, aproveitar cada minuto do
seu abraço
Levando pra casa na lembrança, o sorriso
encantador dessa doce Parvati dos
cabelos avoados
Linda Radha de olhar brilhante, suave
Shakti do beijo que umedece meus lábios
Tuas mãos se perdem em meus cabelos e
eu me acho em teus braços
Poesia em movimento, de um ônibus pro
outro, de parágrafo em parágrafo
Respeitando o seu tempo, aceitando o que
recebo do universo pelo espaço
Mudando a vibração do pensamento, vou
mudando também o que eu atraio...

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Poema PÉTALAS DISTANTES de Claudiomir CorrêaM.I.R. O artista mora em Alvorada, RS, é poeta, compositor, cantor e músico. 

   

Existem perguntas que todos nós sabemos responder com extrema subjetividade e com pouca definição, é o caso quando buscamos explicar o que são certos sentimentos.
Cartilhas individualistas com a receita da felicidade dizem que “devemos seguir nosso coração não importa o resto”, ou que “a felicidade está em sermos nós mesmos”. Mas o que realmente isso significa?
Apresento as quatro concepções históricas que construíram nossa ideia sobre o que é o amor:
Para Platão o mundo estava dividido em dois: o mundo perfeito das ideias e o mundo imperfeito da matéria. Este último seria uma projeção incompleta e falha do primeiro. O ser humano quando deseja algo, passa a amar o seu objeto de desejo, tão logo o tenha o sentimento se esvazia, a esse amor Platão chamou “Éros”, e seria uma visão materialista. Por tanto a elevação para um patamar superior corresponderia a amar o que estivesse mais próximo do mundo virtuoso das ideias, ou seja: valores como caráter e honra.
Aristóteles, seu discípulo, não viu as coisas assim. Este filósofo entendeu o universo como uma máquina perfeita e interligada por suas partes cada qual correspondendo a uma função que completaria a harmonia do cosmos. Todos nasceríamos com um propósito para cumprir. E o amor por tanto se manifesta quando conseguimos esse fim. Por tanto amar, seria o ato de se encontrar no mundo e este sentimento ao contrário do que disse Platão, só manifesta alegria.
Para o Cristianismo o amor era “Ágape”. A visão aristocrática grega entendia as pessoas divididas por classes, algumas superiores que teriam lugares importantes na harmonia cósmica, e outras com inteligência próxima ao mundo perfeito das ideias. Cristo com a máxima “ama ao próximo como ama a ti mesmo”, inaugurou uma nova visão não só religiosa, mas de concepção universalista do homem: todos eram filhos de Deus. Por tanto o amor Ágape cristão, é aquele dedicado a entrega ao outro em nome da relação. Como o amor de um pai por sua filha ou dos casais que constroem suas vidas apesar das imperfeições.
Por fim o amor é explicado pela sociologia. Platão escreveu sobre o desejo, mas não foi muito além. Existe desejo que entendemos como amor, mas da onde ele surge? Para a sociologia o desejo também é uma construção social do meio. Os padrões estéticos são estabelecidos por campanhas de marketing, o que é belo é construído por tendências de mercado, e isso abrange desde o vestuário a noção de beleza. Nós amamos uma imagem construída por nos mesmos de perfeição segundo um padrão anteriormente colocado.


Graduado em História, o escritor Everton Santos, autor do livro O SOL DOS MALDITOS, é coordenador dos eventos Feira Alternativa e Ensaio de Rua, músico da banda de punk rock Atari e apresentador do canal, no youtube, Consciência Histórica. Mora em Alvorada, RS.
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Crônica postada, em 21 de agosto de 2018, pelo autor, em sua página no facebook. 

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

 

Dizem que as crônicas são efêmeras e por isso um estilo de escrita quase inútil. rônicas falam de coisas presentes, do agora, são coisas de momentos e portanto passageiras.
Dizem que quando terminar uma crônica ela já será passado, mas tudo muda em segundos. E até mesmo a crônica da nossa vida precisa mudar para que surjam novas histórias e sempre haverá novos fatos a serem contados.
Crônicas são extremamente conectadas ao contexto em que são escritas por isso, com o passar do tempo perdem seu sentido. Crônicas são textos curtos, de vida curta, mas que são capazes de descrever a essência do momento em que é escrita.
Concordo que crônicas vivem apenas por instantes assim como as flores na primavera, mas nem por isso perdem seus encantos. As crônicas são sementes plantadas para o infinito assim como esta, que escrevo neste momento.
As crônicas podem até serem efêmeras, mas são testemunhas presentes nos fatos desde os mais simples até os mais complicados.
Mesmo que as crônicas sejam breves, elas merecem serem escritas.

A escritora Ironi Jaeger é coordenadora do Festival de Literatura e Artes Literárias (FLAL). Mora em Alvorada, RS.
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Crônica postada, em 04 de setembro de 2018, pela autora, em sua página no facebook. 

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

  

 

Na playlist Joyce Alane,
na retina imagens fantasiadas
enquanto os dedos sangram poesia no teclado.
canção termina,
chá esfria e me lembra
que fragmentar-me em versos
é a forma de solidificar minha essência.

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Poema PLAYLIST E FRAGMENTOS do escritor Daniel Machado, Geógrafo da Alma! (Mora em Alvorada, RS).

  

QUANDO ENTENDI AS PALAVRAS

 

Muito cedo e rapidamente
me seduziu.
Eu era precoce em idade,
mas meus olhos brilhavam diante de ti
com uma volúpia que me furtava o ar.
De maneira “Quixoteana”
intentei combater castelos devastados pela perversidade,
cravar minha fúria em peitos “moinhos”,
reclamar o amor da minha Dulcinéia Del Toboso
E tudo porque passei a entender as palavras
e a elas ofertar o meu coração de poeta.

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Poema QUANDO ENTENDI AS PALAVRAS do escritor Daniel Machado, Geógrafo da Alma! (Mora em Alvorada, RS).